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Sábado, 1 de Dezembro de 2007

PARA QUEM QUEIRA SEGUIR A CONFERÊNCIA PELA NET

Francisco Ferreira (Quercus em Bali)
As novas tecnologias e a disponibilidade política de órgãos como as Nações Unidas estão a ajudar a transparência.
Para quem queira ver e ouvir o que constitui a parte formal das negociações na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (por exemplo, a Sessão de Abertura ou o discurso do Ministro do Ambiente Português no segmento de Alto Nível) pode fazê-lo através da internet em www.un.org/webcast/unfccc. Não se esqueça é da diferença de 8 horas! (mais cedo em Portugal que aqui).
É evidente que os detalhes, as negociações, as explicações e o enquadramento não chegam pela rede, por muito boa que ela seja… mas essa informação vou eu, dentro do possível, procurar complementar.
publicado por bali às 10:56
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SECA EM BALI E A INFORMALIDADE DO VESTUÁRIO

Francisco Ferreira (Quercus em Bali)

Nas mensagens de correio electrónico que recebo diariamente através da Rede Internacional de Acção Climática de que a Quercus faz parte, duas mereceram particular atenção. Um colega americano que veio para Bali mais cedo, relatava o facto de a ilha estar a passar um período anormal de seca prolongada, perdendo-se o verde de muitas das suas paisagens em particular dos célebres terraços de arroz. Por curiosidade, fui ver a previsão meteorológica para os próximos quinze dias e mesmo sabendo que o rigor da mesma vai diminuindo ao longo do tempo, surpreendeu-me não estar previsto um único dia com chuva. Mais um sinal da alteração climática?
Entretanto uma outra mensagem do secretariado executivo da conferência fazia saber que o clima quente e húmido de Bali dispensava aos membros masculinos das delegações oficiais, o casaco e a gravata, excepto na cerimónia de abertura e nos últimos três dias com a presença dos Ministros e Secretários de Estado. Assim, as negociações serão mais confortáveis e poupa-se na necessidade de ar condicionado. Um sinal de bom senso, aplaudido por mim porque com o meu pescoço largo a dita sempre me sufocou ligeiramente porque o tamanho das camisas que me oferecem olham mais para o tamanho geral que para o colarinho, e uma medida efectiva de poupança de emissões durante a realização da conferência. Realmente, mais que o código de conduta de vestuário, espera-se um código de conduta ético por parte dos países que urgentemente têm de resolver o maior problema ambiental do planeta.
publicado por bali às 10:42
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JÁ EM BALI

Francisco Ferreira (Quercus, em Bali)

 

E pronto, estou em Bali a dois dias de se iniciar da 13ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas que nasceu em 1992 na ECO/92, a também chamada Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro. Esta reunião tem lugar uma vez por ano e é considerada o evento mais importante em termos de discussão e decisão na área das alterações climáticas, variando em geral o seu local de continente para continente. São sempre duas semanas (uma extensão que acho deve impressionar quem está de fora para aparentemente tão grande lentidão de decisões), tendo por norma um pequeno conjunto de dias, normalmente no fim, considerado o segmento de alto nível em que participam os Ministros ou Secretários de Estado do Ambiente dos quase 200 países signatários da Convenção. A primeira reunião foi em 1995, três anos após a criação da Convenção, mas foi a terceira reunião que ficou mais famosa, em Quioto, com a assinatura do Protocolo com o nome da referida cidade, que estabeleceria uma meta global de redução das emissões de gases de efeito de estufa para os países desenvolvidos, meta essa diferenciada país a país de acordo com o seu estado de desenvolvimento, e em que Portugal ficou como recordista com por lhe ter sido possibilitado um aumento de 27% das suas emissões entre 1990 (o chamado ano-base) e o período 2008-2012. Desde que o Protocolo de Quioto entrou em vigor (8 anos depois da assinatura, porque se requeria a ratificação um conjunto de países, nomeadamente desenvolvidos, com uma quota significativa total de emissões que teria de ultrapassar os 55% do total dos países desenvolvidos), as reuniões da Convenção têm um processo simultâneo designado por Encontro das Partes, envolvendo apenas os países que ratificaram o Protocolo de Quioto.

Já desde há anos (mais precisamente desde o ano 2000 em Haia) que tenho vindo a participar como representante da Quercus nestas conferências, onde delegações mais ou menos extensas, organizações não governamentais (de ambiente mas também de desenvolvimento e empresariais), cientistas e também a comunicação social acabam por somar um total de alguns milhares de participantes. Porém, a mobilização da opinião pública através do filme de AlGore, da atribuição do Prémio Nobel da Paz também a AlGore e ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas – IPCC (os cientistas que têm efectuado a análise histórica, as previsões e a identificação das necessidades para mitigarmos as emissões de gases de efeito de estufa), a sessão especial nas Nações Unidas recentemente realizada seguida da reunião das principais economias a pedido da administração Bush, os dados quase diários revelados pela comunicação social de inúmeros estudos, em particular pelo 4º relatório do IPCC, a prioridade dada na reunião dos G8 ao tema e a urgência sentida pela opinião pública em geral, levaram a uma mobilização de 13000 participantes na Conferência de Bali, bem mais do dobro das reuniões internacionais desta natureza dos últimos anos.

Tantos delegados numa conferência significa certamente uma quantidade enorme de emissões de transporte a começar por mim que nesta reunião devo bater o record face às últimas em que participei e que atinge o total de cerca de 3 toneladas (metade do per capita de um português num ano) e estamos a falar apenas da viagem de ida (fonte: carbono-zero.com, apesar de considerar como destino Jacarta porque Bali não figura na lista). Não é que a compensação das emissões seja algo que me atraia particularmente, preferindo acima de tudo evitá-las, mas já estou a tratar do assunto.

Desta vez a minha participação como organização não governamental é feita na delegação portuguesa directamente (facilidade extra concedida por Portugal estar a assumir a presidência da União Europeia) mas com regras que asseguram os trabalhos separados de cada uma das partes

A partir de agora, o esforço é o de assegurar que terão uma leitura tão assídua quanto possível do processo negocial, na maioria das vezes exasperadamente demorado, que por aqui vai ter lugar, mostrando uma faceta que espero diferente do que a comunicação social irá certamente transmitir no dia a dia.

publicado por bali às 10:17
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